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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Desbravando o habitat alheio

Criamos barreiras no decorrer da vida. Escudos que nos protejam emocionalmente. Nossa espontaneidade sofre censuras, mas não é à toa. Ninguém na vida é inofensivo quando se trata de relacionamentos amorosos. Porque não mandamos em nossos sentimentos. Porque quando não dá, não dá, ponto final. Sem querer ou planejar, viramos a pedra que apedreja muitas vezes. Em outras, viramos o apedrejado. E é nesse momento que o muro vai crescendo ao nosso redor.
Sempre cuidei para não me tornar uma pessoa fria por conta disso. De fechar a fábrica de sonhos aqui dentro por conta de uma relação dolorosa, de uma decepção ou de um “investimento sentimental” mal-sucedido. E eis que, em menos de dois meses após ter tido um fim de relacionamento, as mudanças foram claras e significativas em meu comportamento, em minha maneira de ver as coisas, as pessoas.
De ver a mim mesmo, inclusive. Temi o cinismo que ia crescendo, corrosivo e afiado, em meus comentários e observações. Mas o mais curioso agora, depois de um bom tempo sozinho e feliz com isso, é perceber uma reversão quase silenciosa. Há pessoas que conseguem quebrar, aos poucos, pedacinhos desse muro de um modo leve e aonde menos esperamos. Sorrateiro e sutil, o "desbravador" dessa mata na qual nos escondemos chega com um jeito nada parecido com um colonizador. Vem pra fixar residência, nos adotar como novo lar, sem mexer nas características do lugar, gostando dos costumes e cores do nosso ser. E aí, como é que não consegue ultrapassar a cerca elétrica?
Deparo-me com mudanças em mim mesmo com uma curiosidade de criança e uma emoção de gente velha. Estar apto a desbravar outros habitats e a mudar de lar é o que não nos deixa envelhecer. Quero essa juventude a vida inteira.

11 comentários:

Pequena; disse...

Will, eu ameii seu post, de verdade.

Vesti uma armadura aqui, construi um muro ao redor de mim, só por casa dessa palavrinha amor, será que pulo ele um dia?

Beijoo você :D

«Line» disse...

Cada um encara um fim doloroso de um jeito. Há os que se trancam e temem um novo, há os que olham e vê que não dá pra ficar se martirizando por algo que não deu certo e segue a vida e se nesse caminho aparecer o amor novamente, os erros passados servirão para aperfeiçoar o novo.

Bjm Will, saudades de tu [linguinhaaaa]

Bruno disse...

Meu ultimo amor transformou meu coração em um bolinho e meu pau em um cão esfomeado.
Pelo menos um bolinho... Pelo menos..

Julliete :) disse...

se você soubesse o vazio que a sua ausência causa dentro das pessoas, não ousaria sumir assim... te amo, Will ♥ ah, adorei o texto ;*

Jaya disse...

Maturidade, isso. A gente tem que sofrer, enquanto pode. Enquanto sente. Virar pedra é algo desgraçadamente chato.

Agora, depois de palavras bonitas nesse texto, me diz onde você parar, cara?

Saudade.

Beeeeeijo.

Thiago disse...

pétala, é dente de leão!

;)

Sarai disse...

nossa..
como vc é maduro!entre escolher se tornar frio ou crescer por conta da dor,vc fez a melhor escolha!não podemos escolher passar ou não por determinadas situações,mas podemos escolher que influência terá aquele fato em nossas vidas.e vc percebeu isso a tempo.
te linkei!
;*

primaverasdesetembro disse...

" E aí, como é que não consegue ultrapassar a cerca elétrica?"
o meu também foi assim, tão rápido e cheio de subidas e descidas que da última não conseguiu se sustentare foi-se..estava pra construir um outro murinho em mim, como sempre faço..mas ai surge O Desbravador, qe vai curar A Grande falta!

gosteeei daquiii.

flores.

Ric Dexter disse...

Cara, só queria ter essa coragem e atitude suas.
Chega de muros, de cercas e coisas do gênero!

Abração!

Cαmilα ♥ disse...

Willian (wp)
Uau... voltou arrasando, heim?!
Sempre quebro a cara e nunca consigo aprender. Nunca sinto vontade de evitar essa dor!
Ao contrario... a cada vez me jogo com mais vontade!
Loucura?
Sim, eu acho!

BeijOs meus

Ellis disse...

OO Will, eu só fui descobrir agora seu Blog!
Adorei o texto, muito lindo e me identifiquei muito com ele!

Parabéns!
BjO