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domingo, 15 de março de 2009

Inocência.

A gente sempre convive com a certeza inabalável de ter pela frente a vida inteira, longa e interminável. Porém, à medida que vivemos, perdemos um pouco da nossa inocência.Aprendemos a ter medo, a mentir e omitir, a enganar, difamar, iludir – a nós mesmos e aos outros –, a julgar e condenar, a dissimular o que sentimos e, o pior, a não sentir, porque, quanto mais vivemos, mais perdemos o sentido de ser.Perdidos ficamos e mais nos perdemos. E, como tudo fica curiosamente mais difícil, gastamos nosso precioso tempo maquinando facilidades. Na ânsia de desatar o que tomou proporções emaranhadas, simplificamos também o coração e a memória, incapaz, agora, de lembrar o quão inocentes já fomos.Houve um tempo em que parávamos para ouvir, arregalando os olhos, como se eles ajudassem a melhorar a audição. Olhávamos mais para as pessoas. Reparávamos nelas, falávamos mais com elas, usávamos mais a gargalhada, éramos sinceros. Mas que desconsolo! À medida que crescemos, constatamos que a experiência é chata; as escolhas, quase sempre monótonas; e, ao chegarmos à velhice, damo-nos conta de que o destino é uma reta emparedada, ao término da qual há algo que já não importa mais, porque perdemos a importância.Parece que vamos perdendo a cor. A graça da descoberta se vai e, com ela – e com um vento misterioso chamado responsabilidade –, escoa toda a nossa curiosidade. É nesse quando que tudo serve, tudo é igual, todos são coisas, a mesma coisa.Ficamos na mesma, um mesmo imenso. Tornamo-nos nós mesmos, sem saber disso.

8 comentários:

«Line» disse...

Will (imagina a linguinha aqui! rs)

Esse teu post lembrou-me uma canção, vou colocar um trecho dela aqui procê mô bem:

"Quero ser como criança
Te amar pelo que és
Voltar a inocência
E acreditar em ti
Mas ás vezes sou levado
Pela vontade de crescer
Torno-me independente e deixo de simplesmente crer"

Bjm :*

Tatá R. da S. disse...

Will!

Você escreve muito bem, acho que eu já disse isso.. õ.o

Mas tipo, por mais dura e chata que a vida possa ser as vezes, temos que conservar um pouco da criança que fomos dentro de nós. Não perder a alegria, e nem a vontade de conhecer coisas novas. Por mais que eu já tinha vivido novas experiências, tem muita coisa ainda que eu quero fazer. (Ui! Haha não é pra pensar besteira u.u')

Beijos.

Lih disse...

Will... que texto lindo... bem escrito... intelectual ^^

adorei.. e agora admiro-te mais! =]

wendell disse...

nossaa wil comoo aqui ta lindo vey
gosteiii muitoo cara. sauades de tu meninoo um abraço

Ana Paula disse...

Concordo com tudo o que vc disse...
Houve um tempo, em que acho que éramos mais felizes.
Eu acho.

Ana disse...

Se o ser humano não maquinasse facilidades não sei o que seria dele.

A simplificação coordena esse mundo complexo.

Thiago disse...

Têm uma frase assim...

"Vídeo-games não influenciam crianças. Quer dizer, se o pac-man tivesse influenciado a nossa geração, estaríamos todos correndo em salas escuras, mastigando pílulas mágicas e escutando uma repetitiva música eletrônica."

e acho que é bem por aí Wil, tudo é influência...todos somos influênciáveis...desde pequeno, compete a nós à medida que fomos crescendo saber se quer continuar essa marionete ou fazer o que acha/deve da própria vida. A 'inocência' ainda continua, por exemplo, quando encostamos e brincamos com alguma criança, ficamos tão bobos feito elas e queremos naquele momento ali até voltar no tempo.

Acho que isso depende de cada um.

Cαmilα ♥ disse...

Will
Acho que crescer faz que com mudemos vários habitos porque criamos responsabilidades. Dai o tempo diminui. Nao que isso seja ruim, acho apenas que devemos planejar melhor as horas para podermos aproveitar a vida tbm.

Quanto ao destino, sinceramente acho que o meu nunca é uma reta, tá mais para uma estrada sinusa e repleta de trevos, rotarias e bifurcaçoes. Penso tbm que ele não é asfaltado, por enquanto.

Muito bom te ler.

Beijos (;p)
*risos*